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Anotações sobre Técnicas de Negociação

1. Conceitos introdutórios

“Negociação é um processo no qual duas ou mais partes buscam um acordo para determinar o que cada uma delas deverá dar ou ganhar, ou fazer e receber, numa transação entre elas.” Raymond Saner

Modelos Ganha-perde, Ganha-ganha.

A tendência atual no ambiente de negócios é a que procura um relacionamento duradouro, que leve a novas negociações no futuro e mantenha ou melhore o contato entre as partes envolvidas. Quando ambos ganham, tende-se a pensar em dividir ganhos entre as partes envolvidas. Porém, melhor do que isso é que se identifiquem as necessidades de cada uma das partes e que se possa atendê-las, pois nem sempre são conflitantes, podendo inclusive ser complementares.

Ninguém entra conscientemente em uma negociação para perder.

Se a situação for muito desfavorável, o ganha-ganha pode significar obter o menor prejuízo possível, em situações que são profundamente adversas.

Táticas sujas: falcatruas e fragilizações do estado mental.

Primeira habilidade do negociador: assertividade.

O negociador assertivo é capaz de expressar-se e de recusar, ao mesmo tempo a posição de vítima (submisso) e algoz (agressivo).

2. O Conflito

Existem duas reações em relação ao conflito: a reação negativa, que considera o conflito uma coisa ruim e prejudicial, devendo ser evitado a qualquer custo, e a reação positiva que considera o conflito uma forma de aprendizado e enriquecimento, mas sem desconsiderar os resultados negativos de um conflito, procurando, antes, minimizá-los.

Como diz Brown (apud HAMPTON, 1991), entre os resultados positivos de um conflito estão:

  • A expansão do entendimento dos assuntos, mobilização dos recursos e energia das partes.

  • Esclarecimento das soluções competitivas – busca criativa de alternativas e, por último, maior habilidade para trabalhar em conjunto no futuro.

a) Teoria Mecânica ou Clássica

Esta teoria afirma que o conflito pode ser suprimido com a participação de todas as partes envolvidas na organização. Se o conflito ainda persistir é porque há falhas nas regras da organização ou na postura de algumas pessoas. Nesse caso, devem-se aperfeiçoar as regras ou melhorar a postura das pessoas. Segundo esta teoria, uma empresa deve ter procedimentos

prontos para a resolução dos conflitos.

b) Teoria das Relações Humanas

Tendem a considerar os conflitos uma doença a ser curada, partindo de um pressuposto de que os conflitos existem devido a mal-entendidos entre as pessoas.

c) Enfoque Gerencial (destinada a empresas e organizações)

Baseia-se em duas suposições críticas:

  1. Predomínio do conflito – conflito não é patológico e não é resultado de falha nenhuma.

  2. Conflito e negociação envolvendo duas situações:

  • Conflitos latentes – oposição permanente entre as partes.

  • Conflitos abertos e ativos – a respeito de problemas específicos.

Classificação dos conflitos com base em sua solubilidade:

  • Terminais: quando parece que não há solução, são aqueles conflitos ganha-perde.

  • Paradoxais: que são mais obscuros e que não se pode dizer se são solucionáveis ou não.

  • Litigiosos: que são de fácil solução e que geralmente as duas partes saem ganhando (ganha-ganha).

Classificação com base na intensidade: muito intensos ou menos intensos.

Natureza dos conflitos: Alguns autores acreditam que um conflito não pode ser definido em uma única dimensão. Com isso, propõem uma classificação dividida em três pontos.

Quanto aos comportamentos

  • Falhas conflitantes — falhas que só existem na aparência.

  • Conflitos de opinião — eles provêm de divergências de opinião ou julgamento entre as pessoas envolvidas. Tais diferenças se devem à educação, à cultura ou mesmo pela personalidade das pessoas.

  • Conflitos de interesse — quando há o acordo de opinião, mas a discordância ocorre quanto à distribuição do que está negociado. Pode ser dinheiro ou crédito pelo feito.

  • Conflitos hierárquicos — entre níveis hierárquicos diferentes — na maioria das vezes a solução pende para o lado mais forte. Entre pai e filho, chefe e subordinado etc.

  • Conflitos raciais — diferenças entre raças.

  • Conflitos entre instituições — diferenças entre empresas concorrentes em alguma coisa em comum na sociedade. Podem ser por clientes, funcionários, recursos, matéria prima etc.

  • Conflitos neutros ideologicamente — são conflitos que não levam os envolvidos a uma separação, apenas discordam sobre determinado assunto.

  • Conflitos espontâneos e voluntários — gerados de acordo com a vontade de alguém.

  • Conflitos de posse — ligados à partilha de bens.

Quanto aos contrários

  • Conflitos individuais — conflitos entre qualquer tipo de pessoa.

  • Conflitos de igual para igual — são entre vizinhos, familiares ou colegas de trabalho.

Quanto aos momentos de ação

  • Sobre os fatos — olhares diferentes sobre os mesmos fatos.

  • Sobre as causas — diante de algum fato incontestável, as pessoas remetem a diferentes causas de tal fato.

  • Sobre os obstáculos — conflitos difíceis de identificar, sobretudo se contêm intenções ocultas.

  • Sobre os objetivos — quando na mesma questão, os envolvidos têm objetivos diferentes.

  • Sobre os meios — quando os meios, estratégias ou táticas diferem entre os envolvidos.

  • Sobre os valores — quando diferem os meios de avaliação (valores éticos, morais, religiosos, políticos etc.).

Cinco maneiras ineficazes de se solucionar conflitos: Conquista, Esquiva, Barganha, Band-aid (solução rápida), Role-player.

Seis passos essenciais para a resolução de conflitos:

  • Buscar um enfoque de solução de problemas;

  • Saber ouvir;

  • Formular as perguntas certas;

  • Manter a mente aberta;

  • Lembrar que o movimento leva ao progresso;

  • Isolar o problema das pessoas envolvidas.

Dica: contar com um mediador.

Planejamento da negociação

Planejamento da negociação

Pré-negociação ou Planejamento da Negociação:

a) Consciência do conflito - identificação do problema;

b) Análise das necessidades – nossas e dos outros

c) Seleção dos objetivos – objetivos e limites

d) Estratégias

e) Táticas - o meio pelo qual perseguimos a estratégia

Ação – A Negociação em Si:

Este passo, que muitos supõem ser a primeira etapa, só deve acontecer após uma

cuidadosa elaboração da primeira etapa. É, como a própria palavra afirma, o momento

de ação do negócio.

Pós-Negociação – Avaliação da Negociação:

  • Avaliação da situação

  • Revisão do acordo

  • Início de um novo ciclo

Para que a negociação saia do ganha-perde para o ganha-ganha, é necessário que ambas as partes em negociação precisem ter necessidades ainda não satisfeitas. Tais necessidades podem ser espontâneas ou surgir especificamente na ocasião. Então, a pergunta a ser formulada é a seguinte: A outra parte está interessada apenas na questão principal da negociação ou tem outras necessidades?

Pirâmide das necessidades de Maslow

Objetivos tangíveis e intangíveis

Etapas para estabelecer limites:

  1. Saber que existem outras opções

  2. Conhecer sempre as outras opções

  3. Definir o ponto de resistência

  4. Lidar com as emoções

5. Estratégias de negociação

A estratégia representa a posição ou postura que temos que ter em relação ao interlocutor. Em se tratando de negociações, Saner (2005) enfoca que a estratégia adotada são as posições adotadas no conflito. Assertividade X Cooperação

  • Competição – Alta Assertividade e Baixa Cooperação

  • Colaboração – Alta Assertividade e Alta Cooperação

  • Conciliação – Média Assertividade e Média Cooperação

  • Evitação – Baixa Assertividade e Baixa Cooperação

  • Acomodação – Baixa Assertividade e Alta Cooperação

Critérios:

  1. O que está em jogo?

  2. Equilíbrio de Poder

  3. Interesses Comuns

  4. Qualidade do Relacionamento

Táticas ou Técnicas de Negociação

  • Controle da Agenda: A parte que puder estabelecer a agenda ou, pelo menos, ter alguma influência sobre ela, terá uma vantagem.

  • Limitações de Tempo

  • Uma Breve Interrupção – Fazer um Intervalo

  • Local das Reuniões

    Local das Reuniões

  • Limites de Autoridade: a dependência de uma autoridade pode servir como desculpa.

  • O Precedente

  • Falso Meio-Termo: quando a parte teria direito a menos da metade.

  • Impasse: suspeite de situações aparentemente irremediáveis.

  • Manter a Iniciativa

  • Erros Deliberados

  • Mentiras Baseadas em Estatísticas: preste atenção a gráficos e estatísticas elaboradas.

  • Sigilo

Quando o Interlocutor Obstrui todas as Tentativas de Acordo

Razões para ele usar esta técnica:

  • Não quer fechar o acordo.

  • Cansar você a ponto de você abrir concessões maiores.

  • Fazer você se estressar, se desestruturar e cometer erros.

  • Protelar para aguardar o prazo chegar ao fim e você ter que ceder mais.

  • Fazer você ficar em dúvida.

E agora?

Se você não está disposto a abandonar a negociação só resta tentar descobrir os motivos pelos quais o interlocutor está fazendo isso.

O que fazer?

  1. Tire de sua cabeça todas as dúvidas quanto a ser razoável ou não na negociação.

  2. Fixe um prazo para finalizar as negociações, em razão do outro lado não demonstrar boa fé. Pode acontecer de o outro lado supor que você está blefando. Se acontecer isso, aborte a negociação imediatamente e diga que só volta a conversar se o outro lado estiver disposto a negociar.

  3. Deixe sempre uma abertura para o outro lado te ligar, se acontecer, terá uma vantagem, pois o outro é que tentou te contatar.

Pegar ou Largar. Diante disso:

  • Continue falando e ignore o ultimato, se o outro lado não reagir, você saberá que não são sérios.

  • Se a oferta não for tão boa, desista mesmo, mas dê abertura para que eles reconsiderem e façam um novo contato, se fizerem saberá que não são tão rígidos.

  • Invente um concorrente, se eles hesitarem, verá que o ultimato não é tão sério

assim, só tome cuidado para não ser apanhado no seu blefe.

Para ter maior controle das negociações, evitando ataques inesperados dos interlocutores:

  • Controle a agenda – local e horários.

  • Faça a outra parte fazer a primeira oferta.

  • Faça perguntas que exponham os pontos fracos da proposta deles.

  • Quando responder as perguntas deles, acentue os pontos fortes da sua proposta.

  • Use sua documentação para embasar sua posição e solicite a mesma coisa do outro lado.

  • Dê provas objetivas como testemunho de terceiros.

Técnicas para Negociar com Alguém muito Maior do que Você

A primeira ação é conhecer bem seus limites. Defina seu limite e seu ponto de resistência, se o negócio não for bom, infelizmente terá que dizer não.

Usando a Surpresa:

  • Acrescente algo inteiramente novo na negociação: “Se não conseguirmos uma melhor negociação, teremos que rever os outros contratos”.

  • Acrescente concorrência: “Recebemos uma oferta inesperada de outra empresa”.

  • Traga um perito para contradizer a posição do outro lado.

  • Demonstre uma mudança de posição repentina.

  • Se o acordo não for fechado, eleve o nível da negociação, traga a direção da empresa para a mesa.

  • Crie um clima de urgência.

Evitar Guerra de egos

Cuidado com o “tenha dó de mim”

Blefes

Ser o Rabugento: quando o interlocutor coloca obstáculos.

Como manter o controle das negociações: comparações, documentação, atestados, especialistas, experiência, especializações, demonstrações.

Caso você perceba que a reunião não está caminhando de forma como você gostaria, você pode tomar alguma das seguintes atitudes:

  • Um intervalo para um café, almoço ou qualquer outra desculpa.

  • Desvie o foco da discussão para longe do ponto onde você está sentindo o maior problema.

  • Uma concessão se não for tocado mais naquele assunto problemático.

  • Se for um assunto bem técnico, você pode trazer para a negociação um especialista na área, (externo às duas empresas envolvidas) ele vai reforçar os seus pontos.

Habilidades e estilos de negociadores

  • Negociadores convencionais: amigáveis, método ganha-ganha.

Utilizar questões que terminem abertamente

Parafrasear ou reformular o que foi dito pelo outro

Usar o silêncio

Sumarizar

Expor sentimentos e emoções

  • Negociadores não convencionais: ganha-perde. Depreciar ou confundir a outra parte.

Equívocos

Exageros

Criar um efeito surpresa por meio de uma mudança inesperada

Usar sarcasmo contra a outra parte para fazê-lo se sentir inferior

Sufocar a outra parte com excesso de informações ou questões

  • Habilidades dos Bons Negociadores

Não se Concentre na Visão Errada dos Outros, Concentre-se em Expor as suas Ideias de Forma Convincente

Sempre Deixe Alternativas para a outra Parte

Fale e Ouça

Empatia

Tenha Consciência de que se Negocia o Tempo Todo

  • Estilos de Negociadores

  • Apoiador

Orientação: relacionamento, amizade.

Forças: amável, compreensivo, sabe escutar, prestativo, espírito de equipe.

Fraqueza: perde tempo, evita conflitos, pode ser levado a fingir.

Sob tensão: finge concordar, não se manifesta.

Para obter apoio: Faz amizades, trabalha para o grupo, busca harmonia.

Valoriza: atenção que recebe, ser aceito pelas pessoas.

Precisa aprender: autodeterminação e fixação de metas.

  • Analítico

Orientação: procedimentos, segurança.

Forças: sério, organizado, paciente, cuidadoso, controlado.

Fraquezas: indeciso, meticuloso, teimoso, perfeccionista.

Sob tensão: cala-se, retira-se ou evita conflito.

Para obter apoio: mantém-se a par do que acontece, especializa-se.

Valoriza: segurança, maior garantia.

Precisa aprender: tomar decisões mais rápidas, arriscar mais.

  1. Catalisador

Orientação: ideias, novidades.

Forças: criativo, entusiasmado, estimulante, persuasivo.

Fraquezas: exclusivista, impulsivo, inconstante.

Sob tensão: fala alto e rápido, agita-se e explode.

Para obter apoio: usa ideias novas, persuade, estimula.

Valoriza: cumprimentos recebidos, reconhecimento.

Precisa aprender: autodisciplina e moderação.

  1. Controlador

Orientação: resultados.

Forças: decidido, eficiente, rápido, objetivo, assume riscos.

Fraquezas: exigente, crítico, impaciente, insensível, mandão.

Sob tensão: ameaça, impõe e torna-se tirânico.

Para obter apoio: confia na eficiência, em trabalho feito a tempo.

Valoriza: resultados, cumprimentos de metas.

Precisa aprender: humildade e escutar os outros.

Estilo primário e secundário

  • Como negociar com cada estilo

  • Apoiador

Como agir, sem enfatizar seus pontos fracos?

  • Procurar agradar de forma demasiada.

  • Ter dificuldades de dizer não.

  • Tornar-se prolixo, utilizando-se de um modo difícil de ser compreendido.

  • Deixar dubiedades quanto ao que realmente pensa e sente.

Pode-se utilizar os seguintes pontos fortes do apoiador:

  • Eliminar conflitos.

  • Aumentar competência interpessoal.

  • Pensar na satisfação dos outros.

  • Dar assistência, oferecer apoio às pessoas.

  • Focar no trabalho em grupo.

  • Ser amigo de todos e ser aceito pelo grupo.

  • Analítico

Como agir, sem enfatizar seus pontos fracos?

  • Dar atenção demasiada dos detalhes.

  • Adiar tudo na esperança de amanhã fazer melhor.

  • Ser minucioso ao extremo

  • Ser teimoso, maçante.

Pode-se utilizar os seguintes pontos fortes do analítico:

  • Obter todos os dados disponíveis (macro).

  • Tomar decisões seguras

  • Ter tempo dedicado à pesquisa, coleta de dados.

  • Considerar mais alternativas para análise.

  • Organizar-se.

  • Estabelecer maior sistematização.

  1. Catalisador

Como agir, sem enfatizar seus pontos fracos?

  • Manter-se na parte superficial do problema.

  • Concentrar-se em metas irrealistas, podendo não cumprir o que prometeu.

  • Ser estratosférico.

Pode-se utilizar os seguintes pontos fortes do catalisador:

  • Considerar maior rapidez e facilidade na resolução de problemas.

  • Focar em exclusividade e inovação.

  • Singularidade.

  1. Controlador

Como agir, sem enfatizar seus pontos fracos?

  • Considerar os recursos humanos como meras ferramentas de trabalho.

  • Agir como dominador, faz-se pré-julgamentos.

  • Baixa competência interpessoal.

Pode-se utilizar os seguintes pontos fortes do controlador:

  • Ganhar tempo, dinheiro, economizar.

  • Vencer os outros.

  • Atingir metas, resultados.

  • Agir sozinho, ficar independente.

  • Cumprir o dever.

  • Outra Abordagem Sobre Estilo

  • O Bulldog

  • Negociam utilizando estilo agressivo e dominador. Tendem a encarar a

negociação como uma confrontação de vontades.

  • Para eles a vitória é mais importante do que a própria negociação. Afirmam sua

“superioridade” levando vantagem sobre os outros.

  • A Raposa

As pessoas com este perfil tendem a agir a partir de uma mentalidade reservada e

manipuladora. Em semelhança aos bulldogs, as raposas também querem levar

vantagem na negociação, porém usam outras técnicas, desta vez mais dissimuladas.

  1. O Veado
  • Optam por demonstrar um estilo passivo e conciliador, sem procurar fazer ondas

ou antagonizar qualquer pessoa.

  • Temem as situações de conflito ou confrontação, ao ponto de evitar este tipo de

situação. Quando não têm como fugir, terminam aceitando negócios propostos a

elas por pessoas mais agressivas.

  • Quando decidem negociar, buscam apaziguamento de modo a não incomodar a

ninguém envolvido na negociação.

  • Deixam a outra parte encarregada de ditar e controlar o processo da negociação.

  • Preferem ocultar se atrás de substitutos como sócios da empresa, agentes,

representantes e intermediários, que efetuam toda a negociação por eles.

  1. Construtor de negócios
  • Possuem uma ideia clara dos seus interesses nos negócios e como satisfazê-los

através do uso de diversas opções.

  • Acreditam na negociação dentro da zona de conforto como forma de

desenvolver confiança e abertura com a outra pessoa, visando parcerias de longo

prazo.

  • Como qualquer pessoa, eles podem não ser completamente altruístas. Eles

gostam de ver você ter sucesso, mas também querem ter seu próprio sucesso.

  • Os construtores de negócios acreditam em suas habilidades para conseguir fazer

bons negócios sem ter de se rebaixar utilizando táticas dos bulldogs ou dos

raposas.

3. Comportamento na negociação

A implementação é a etapa onde a negociação de um produto com certo grau de complexidade envolve dois elementos fundamentais: preço e entrega.

  • Evite revelar informações desnecessárias.

  • Limite o número de pessoas na roda.

  • Trate o processo de negociação distinta e separadamente da implementação.

  • Prenda-os logo no início e com frequência.

  • Se você não tem nada de bom a dizer, não diga nada.

  • Mantenha-os desequilibrados.

  • Crie sanções rígidas para garantir o desempenho deles.

Comportamentos mais adequados na hora da negociação:

  • Evite expressões irritantes.

  • Interrupção com uma contraproposta.

  • Evite situação ataque/defesa.

  • Use linguagem preparatória.

  • Escute com atenção e recapitule o que já foi acordado.

  • Utilize-se de perguntas na medida certa.

  • Expresse seus sentimentos para trazer mais confiança.

  • Use poucos e bons argumentos

4. Como lidar com objeções

Objeção é um meio de resistir à influência de outra pessoa, neste caso, do negociador.

Os pretextos são desculpas mal formuladas, com esquivas, sem precisão; às vezes, são apresentados no início da negociação, ou então pouco antes da sua conclusão, para evitar a decisão.

As objeções sinceras aparecem de forma clara e objetiva, são percebidas como naturais e bem formuladas, e vêm à tona no decorrer da negociação.

Quando qualquer uma das outras partes diz não, sempre está se referindo a um determinado detalhe da proposta, implicitamente solicitando para negociar mais sobre os pontos por ele negados.

O bom negociador deve encarar que uma pessoa que cria uma objeção sobre um ponto qualquer, certamente tem interesse no fechamento do negócio. Se não há interesse, a pessoa fala: “Não obrigado, não estou interessado!”. Mas se ela ficou, é porque quer o acordo.

Há três passos importantes no tratamento e eliminação de objeções:

  1. Acate a objeção;

  2. Focalize a objeção fazendo perguntas;

  3. Elimine a objeção com argumentos sólidos.

A objeção mais temível é o preço. A objeção mais radical é o desinteresse. A objeção mais genérica se refere ao gosto pessoal. A objeção mais vaga é a divagação.

O fechamento do negócio: pistas físicas e faladas.

Técnicas mais eficazes de fechamento: Técnica do Único Obstáculo, Técnica da Escolha de Alternativas, Técnica de Supor e Assumir o Fechamento, Técnica da Imposição do Fechamento, Técnica do Fechamento Emocional.

5. Negociações na empresa

O que um gerente precisa fazer:

  • Esclareça o propósito da negociação.

  • Tenha uma visão ampla de quem são os stakeholders.

  • Instrua os seus negociadores a expressarem seus receios sobre as negociações que têm pela frente.

  • Exija transparência nos comprometimentos dados aos clientes e recebidos.

  • Certifique-se de que os negociadores sabem que o negócio só está concluído após a implementação ou entrega final do produto.

  • Instaure procedimentos de preparação para as negociações.

  • Receba bem os problemas.

  • Oriente seu processo de negociação para a implementação.

  • Certifique-se que a equipe de negociadores tem todas as ferramentas adequadas ao serviço.

  • Crie um kit de ferramentas para os negociadores e certifique-se de que seja usado.

  • Incorpore o estabelecimento de precedentes no seu caderno de estratégias.

  • Encoraje o tratamento de riscos fornecendo ferramentas de administração de riscos.

  • Aplique treinamentos constantes.

  • Instaure a mentalidade certa para o seu negócio.

  • Meça os resultados comerciais críticos.

  • Use recompensas e penalidades.

  • Faça o que diz.

  • Acerte a estrutura da empresa para a cultura organizacional adequada.

Processo DAN de venda: Dinheiro, Autoridade e Necessidade.

6. Ética nas negociações

  1. Maior cobrança sobre os empresários em relação à responsabilidade socioambiental e econômica.

  2. Líderes e gerentes sem conhecimento das características básicas humanas.

  3. Começa-se a ter consciência de que produtividade e qualidade de vida dependem uma da outra.

  4. Cultura das organizações passou a absorver melhor as questões éticas.

  5. As habilidades internas trazem maior vantagem competitiva.

  6. Há um distanciamento entre os valores da organização e os valores da sociedade.

Esta postagem está licenciada sob CC BY 4.0 pelo autor.