1. Língua e linguagem
Linguagem: sistema organizado e convencional de sinais.
Linguagem verbal e não verbal
Língua padrão e variantes linguísticas
“toda língua apresenta um padrão culto, isto é, uma modalidade cujas regras mais se aproximam das que estão descritas na gramática normativa.”
Aspectos que interferem na produção linguística e levas as variantes: tempo, espaço, grupo social, atividade profissional, situação comunicativa, produção literária.
Intencionalidade discursiva - contexto
Separação silábica e translineação
2. Novo acordo ortográfico
Alfabeto - inclusão de k, w e y.
Trema abolida, exceto em nomes estrangeiros e seus derivados.
Hífen:
Não se usa o hífen entre prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e palavras iniciadas por r ou s. Nesse caso, dobram-se essas consoantes;
Usa-se hífen quando o prefixo ou falso prefixo terminar pela mesma vogal que inicia a palavra seguinte;
Não se usa o hífen entre o prefixo ou falso prefixo quando este terminar em vogal e a palavra iniciar por uma vogal diferente;
O uso do hífen permanece entre prefixos e falsos prefixos terminados em r e palavras iniciadas por r (ex: hiper-realista);
O hífen permanece entre qualquer prefixo e palavras iniciadas por h;
O hífen permanece entre os prefixos ex-, vice-, soto-, sem- e palavra iniciada por qualquer letra;
O hífen permanece entre os prefixos circum-, pan- e palavras iniciadas por vogal, m ou n;
Com o prefixo co-, não se usa hífen, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o. * Acentuação gráfica
Acentuam-se as proparoxítonas;
A paroxítonas terminadas em L, N, R, X, OS, Ã, ÃO, I, UM, UNS, ONS, ditongos crescentes e -ei, -eis (fechados). Não se acentuam os ditongos abertos EI e OI;
As oxítonas e monossílabos tônicos terminados em A, E, O, EM, ENS (os terminados em I e U não);
Acentuam-se o I e o U tônicos em hiatos sozinhos ou seguidos de S (exceto se seguidos de NH ou antecedidos por ditongo);
Quase todos os acentos diferenciais foram abolidos.
3. O texto
Não há texto sem intencionalidade. Texto é uma unidade linguística dotada de certa estrutura formal.
Conteúdo e forma.
Gêneros textuais: relato pessoal, notícia, seminário, conferência, memorando… Ferramenta que permite exercer uma ação linguística, com objetivos comunicativos relativos a uma audiência, regularidades formais e conteúdos.
Como construir a textualidade: informatividade (capacidade de oferecer informações na medida certa, sem cair na obscuridade ou no senso comum), coerência (organização lógica das ideias), coesão (conexões gramaticais entre palavras, frases e parágrafos).
Coerência + Coesão = Textualidade.
Mecanismos de coesão textual
- Coesão obtida pelo uso de elementos gramaticais:
Pronomes pessoais;
Pronomes demonstrativos;
Pronomes relativos;
Conectivos: conjunções e preposições;
Advérbios e expressões adverbiais.
- Coesão obtida por meio de palavras ou expressões do mesmo campo semântico.
Qualidades de um texto
Objetividade;
Clareza;
Concisão (máximo de informação com um mínimo de palavras).
Homônimos: palavras com grafia igual, mas com significado diferente.
Parônimos: palavras com grafia parecida, mas com significado diferente.
A estrutura do texto
Introdução
Inicia com o tópico frasal, que orientará o parágrafo.
Procedimentos introdutórios:
Seguindo uma trajetória histórica;
Por meio de uma conceituação ou definição;
Por meio de citações ou opiniões que podem ser confirmadas ou negadas;
Por meio da comparação entre realidades geográficas, sociais e culturais diferentes;
Por meio da enumeração de informações;
Por meio da narração, descrição ou da referência a acontecimentos e ações;
Por meio da apresentação de dados estatísticos sobre o assunto enfocado pelo tema;
Por meio de linguagem metafórica ou figurativa;
Por meio de uma interrogação ou sequencia de interrogações
O desenvolvimento das ideias
Um parágrafo indica uma ideia central.
Modelos de argumentação:
Por citação de autoridade;
Por comprovação;
Por raciocínio lógico;
Por causa e consequência;
Por exemplificação ou ilustração;
A conclusão
- Possibilidades de conclusão:
Por retomada da tese;
Com a apresentação de perspectivas de solução;
Com o uso de uma interrogação;
4. Produção Textual
Erros mais frequentes e dúvidas mais comuns na produção textual
Principais vícios de linguagem:
Gerundismo;
Pleonasmo;
Clichês;
Barbarismo;
Cacofonia;
Problemas na construção das frases:
Sujeito como complemento (o sujeito não deve ser precedido de preposição);
Frases fragmentadas;
Ausência de paralelismo (ideias similares apresentadas em estruturas gramaticais diferentes);
Erros de comparação;
Uso excessivo da palavra QUE;
Porque, porquê, por que, por quê
Porque: sentido de explicação ou causa;
Porquê: variação substantivada, precedida de artigo (o porquê), valendo pelos substantivos razão, motivo, causa;
Por que: introduzir uma interrogativa direta, uma pergunta;
Por quê: no final de frases interrogativas ou sozinho.
E-mails, como qualquer correspondência, são confidenciais.
Deixe linhas em branco entre a saudação, os parágrafos e a assinatura.
A carta comercial
A carta está para a empresa privada assim como o ofício está para o serviço público.
Os componentes da carta são os seguintes:
Timbre da empresa;
Tipo e número (à esquerda e no alto da página) não obrigatórios;
Local e data;
Designação do destinatário;
Informação da referência ou do assunto;
Vocativo;
Corpo do texto;
Fecho;
Assinatura do remetente;
Cargo do remetente.
O memorando
Vem sendo substituído pelo e-mail.
Partes de um memorando
(1) Timbre da empresa ou do órgão público.
(2) Identificação: número/departamento remetente e data extenso, na mesma linha.
(3) Identificação do destinatário.
(4) Síntese do assunto.
(5) Vocativo.
(6) Desenvolvimento do assunto.
(7) Fecho.
(8) Nome e cargo do remetente.
O ofício
Meio de comunicação escrita utilizado pelos órgãos públicos.
O papel em que é redigido o ofício deve conter timbre, símbolo, armas ou apenas o carimbo do órgão público que o expede.
Partes de um ofício
(1) Timbre do órgão público.
(2) Tipo e número do documento no alto da folha, à esquerda, seguidos da sigla do órgão remetente.
(3) Local e data por extenso.
(4) Vocativo seguido de vírgula (recorra à explicação do emprego de pronomes de tratamento, no próximo capítulo).
(5) Corpo do texto, estruturado da seguinte maneira: parágrafo de abertura, no qual é apresentado o assunto que vai ser tratado.
(6) Os parágrafos devem ser numerados a partir do segundo, com o detalhamento do assunto. Se houver muitas informações sobre o assunto, deve ser redigido um parágrafo para cada uma delas.
(7) Conclusão, na qual deve ser reafirmada a posição recomendada para o assunto tratado.
(8) Fecho: deve conter uma saudação ao destinatário.
(9) Assinatura do autor do ofício.
(10) Identificação do signatário (aquele que envia o documento).
De acordo com a Instrução Normativa n5 4 (Brasil, 1992), a folha de papel deve ser diagramada da seguinte maneira:
Margem esquerda: 2,5 cm ou dez toques de espaço no teclado,
Margem direita: a 1,5 cm ou seis toques da borda
Tipo e número do ofício ficam a 5,5 cm ou seis espaços duplos da borda superior. À esquerda, devem se distanciar 2,5 cm ou dez toques de teclado.
Local e data: o término da data deve coincidir com o término da margem à direita e verticalmente deve ficar a 6,5 cm ou sete espaços duplos da borda superior
Vocativo: a 10 cm ou dez espaços duplos da borda superior e a dez toques da borda esquerda.
Parágrafos: avanço da esquerda para o centro de 2,5 cm ou dez toques no teclado. O primeiro parágrafo deve se posicionar a 1,5 cm do vocativo ou a três espaços simples
Entre os parágrafos o espaço é de 1 cm ou um espaço duplo, roj O fecho do texto deve estar centralizado, a 1 cm ou um espaço duplo do final do texto.
A identificação do signatário deve ficar a 2,5 cm ou três espaços duplos do fecho.
A ata
Relatar ocorrências verificadas em uma reunião. Não risque ou utilize corretivo, para correções escreva “digo…”. Caso erro seja constatado somente ao final, adicione “Em tempo:”. Não use abreviaturas. Números por extenso.
(1) Informação da data (dia, mês e ano) e da hora.
(2) Informação do local da reunião.
(3) Identificação da pauta da reunião.
(4) Nomeação das pessoas presentes e de seus respectivos cargos ou funções.
(5) Registro sintetizado das principais ocorrências e decisões.
(6) Assinatura dos presentes.
(7) Data e assinatura do(a) secretário(a).
O relatório
Exposição de ocorrências ou da execução de um trabalho. Normalmente utiliza-se o presente do indicativo.
(1) Identificação — Informe o número do documento e a sigla do departamento que o está enviando.
(2) Apresentação do assunto — Selecione as ideias pertinentes ao assunto, evitando a dispersão ou a desorganização das informações. Centralize-se no essencial a ser dito e apresente uma exposição resumida dos fatos.
(3) Redação das informações — Inicie seu relatório com a exposição do assunto. As informações devem ser apresentadas segundo o andamento cronológico. Se houver a necessidade de apontar causas e consequências de um fato, mencione as causas primeiramente, em um parágrafo só para elas. Em seguida, em outro parágrafo, cite as consequências. Planilhas e outros documentos acessórios podem ser inseridos em anexos.
(4) Desfecho — Aponte razões para o êxito ou o fracasso da atividade desenvolvida, comente os resultados, sinalize as dificuldades encontradas e sugira soluções para os problemas verificados.
(5) Fecho
(6) Assinatura
Outros gêneros da redação empresarial
Atestado:
O atestado é um documento firmado por uma autoridade com a finalidade de assegurar a existência ou a inexistência de uma situação de direito, referente a alguém ou a respeito de algum fato ou de alguma situação.
(1) A palavra ATESTADO, em letras maiúsculas, deve aparecer centralizada, no alto da folha.
(2) Nome e identificação da autoridade que emite o documento, seguidos da identificação da pessoa ou do órgão que solicita.
(3) O texto deve ser curto, direto e claro, apresentando apenas a informação solicitada.
(4) Assinatura, nome, cargo ou função de quem atesta.
Aviso e Declaração são semelhantes.